AgronegócioBrasilDestaqueEconomiaMundoNotíciasPolíticaRio de JaneiroSão PauloSaúdeÚltimas Notícias

EUA miram Pix e acusam Brasil de favorecer pirataria; governo é cobrado por resposta soberana

Investigação norte-americana atinge sistema de pagamentos digitais e comércio popular de SP; entidade denuncia ataque à reputação do país

Rate this post

O governo dos Estados Unidos abriu uma investigação oficial contra o Brasil, alegando práticas comerciais desleais associadas ao uso do Pix e ao comércio informal na Rua 25 de Março, em São Paulo. A medida gerou reação imediata de entidades do setor e reacendeu o debate sobre soberania econômica e digital, com reflexos que extrapolam a capital paulista.

O processo foi divulgado pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), que acusa o Brasil de adotar políticas que prejudicam concorrentes internacionais no ambiente digital e afirma que a 25 de Março é há décadas “um dos principais focos globais de pirataria”.

A Univinco25, entidade que representa comerciantes da região, enviou nesta quarta-feira (17) um ofício ao presidente Lula, cobrando uma resposta firme e diplomática à ação americana. No texto, a entidade defende a legalidade da maioria dos negócios da região e denuncia a criminalização de trabalhadores brasileiros.

“A retórica estrangeira generaliza um ecossistema comercial legítimo, fere a imagem do Brasil e mina o respeito entre as nações”, diz o documento assinado por Cláudia Urias, diretora do conselho executivo da Univinco25.

Pix vira alvo internacional e acende alerta sobre proteção tecnológica

O alvo da investigação americana não é apenas físico. O Pix, criado pelo Banco Central, é apontado pelos EUA como um sistema que desequilibra o ambiente competitivo, por não dar espaço igual a empresas estrangeiras de pagamento eletrônico. O questionamento reforça a tensão crescente em torno da autonomia digital dos países em desenvolvimento.

A Univinco25 argumenta que a 25 de Março movimenta bilhões de reais por ano, gera mais de 35 mil empregos formais e abastece milhares de cidades brasileiras. Embora reconheça a necessidade de coibir atividades ilegais, a entidade afirma que as generalizações partem de uma leitura ideológica e desatualizada da realidade.

Protesto convocado, mas sem apoio unânime

Em resposta à escalada de críticas dos EUA, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo (Secsp) convocou um ato público para esta sexta-feira (18), às 10h, na Rua 25 de Março. A manifestação pretende repudiar as falas do presidente americano Donald Trump e defender o setor produtivo local.

A Univinco25, no entanto, não apoiará o protesto. Em nota, afirmou que “ações pontuais nas ruas não ajudam a resolver a crise internacional” e que o foco deve estar no diálogo institucional e na reconstrução do fluxo econômico da região.

“Não vamos politizar o comércio. Precisamos de soluções, não de confrontos”, diz o comunicado.


Tags: Pix, Estados Unidos, investigação comercial, Rua 25 de Março, soberania digital, comércio popular, Donald Trump, Univinco25, Lula, Rio de Janeiro Info

Jornal Rio de janeiro Info

Jornal Rio de janeiro Info

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo